Pensamentos aleatórios em torno de um quadrado
Tudo começa com um quadrado desenhado sobre um mapa, quatro cantos conectados por quatro linhas impostas, como uma moldura, sobre uma cartografia preexistente. Penso no artista caminhando, velejando, penso na sua relação com os mapas. Sua necessidade de direção, de estruturas que criem limites e definam um espaço. Para um artista isso poderia ser o espaço em branco de uma tela onde algo, que não sabemos, vai surgir.
Rio Grande do Sul: uma grande tela. O artista, ficamos sabendo, “lives and works in Porto Alegre and London”. Um artista navegante, perpetuamente encontrando seu caminho entre uma ilha e um continente, entre línguas, cidades e culturas. Entre pontos diferentes da bússola, Sul e Norte, carregado com todas as viagens anteriores ao longo dessa trajetória. Outrora, traçar mapas era uma forma de subjugar povos selvagens. Agora? Aqui? Remapear tornou-se tradução intercultural. Eu vejo o viajante como um nômade movendo-se ao longo das quatro linhas do seu quadrado, do seu próprio horizonte, procurando pelos cantos que tocam as arestas extremas, as fronteiras do Rio Grande do Sul. Uma até cruza a água. Os quatro cantos da Terra, em linha reta. Linhas de fuga, pontos de chegada.
Mas quando ele desenha o quadrado, não sabe o que vai encontrar no ponto de chegada. Isso é porque uma linha de fuga é também uma fuga do conhecimento e dos costumes, e do modo habitual de ver. Se você soubesse o que iria encontrar, não seria uma fuga. Você desenha uma linha e o que encontra ao final dela é o que você fielmente reproduz, sem edição ou censura ou escolhas. É uma cuidadosa arbitrariedade planejada, sem origem ou retorno, uma linha sem fim, pontuada apenas por suas próprias marcas cartográficas. Assim, seus panoramas são criados a partir de momentos específicos que surgem ao acaso: o que está lá é o que você traz de volta para mostrar. No lugar do pitoresco, você mostra o drama do céu, de oitenta céus, capturados a cada ponto onde a estrada e o quadrado intersectam-se. Você compra uma “câmara espiã” no eBay e, com ela presa a seus óculos, tira fotos da estrada a cada quilômetro. Homem e máquina, olhos e lentes – o artista como cyborg, programado para responder a intervalos predeterminados. Paisagem e céu retratados como eles se apresentam em designados momentos e entrelaçados em uma única narrativa em looping.
As fronteiras do quadrado não atendem a qualquer fronteira nacional ou política, ainda que existam como um modelo para definir a distância a ser coberta. Pelo contrário, são espaços entre lugares, liminares, onde tudo pode acontecer. Elas desterritorializam o terreno, que o artista tem que reivindicar de outra forma: ao coletar terra, punhados de barro de cada canto, que são armazenados, etiquetados e levados para seu ateliê em Porto Alegre. Barro como encarnação de um lugar, a matéria primordial da criação. E junto com o barro, o corpo do artista percorre o espaço, seguindo a linha na linha. As mãos que irão extrair novos sentidos da velha matéria. Um corpo nômade, constantemente em movimento, uma personificação de seu próprio processo artístico.
No ateliê o barro vira tinta, torna-se pintura. Quatro quadrados de barro/tinta estão na parede, marcardos por pontos dourados a intervalos cuidadosamente planejados. Tudo é ao mesmo tempo aleatório e sujeito ao cálculo. Isso não é como a própria Terra? Como a evolução? A criação emergindo sem forma, porque por baixo de tudo há uma fórmula, um grande plano. Um Projeto Inteligente? E no ateliê também, quatro bolas de barro surgem, cada uma de cor diferente. O arquivo do artista contém muitas bolas de barro, como na série anterior, Esferas Terrestres. Bolas de barro são um tema no trabalho, levando-nos sempre de volta para a questão dos materiais, da materialidade, do que um artista faz quando ela ou ele cria arte. A relação entre o fazer e o objeto feito, a mão e a imaginação, a matéria e o espírito. Estas quatro pinturas esféricas parecem o mundo visto do espaço, mas indiferenciadas, como quatro protótipos de um mundo-em-processo. Então, antes de fazer outra marca, antes dos continentes e oceanos, o Criador coloca um quadrado de folha de ouro em cada globo. Rio Grande do Sul. Um ponto ao sul torna-se o único polo de um mundo refeito.
Perto das quatro pinturas quadradas, das quatro pinturas esféricas e de uma montagem em looping de estrada/céu, há a projeção de quatro vídeos panorâmicos, um para cada canto do quadrado. Parecem quatro janelas verticais em movimento, cada uma com vista para uma paisagem diferente. A maior parte é céu e um quarto é terra, algumas vezes o horizonte de uma flui suavemente na outra, assim seus olhos são levados adiante em movimento contínuo. A mudança da luz, de dia pleno para amanhecer e crepúsculo, cria o efeito de movimento no tempo. Tempo e espaço se fundem em uma linha de fuga que dissolve as fronteiras entre eles, colocando-nos em um outro lugar. É a paisagem passando por nós, ou nós estamos passando por ela? Dois horizontes, dois sóis em céus adjacentes. A linha horizontal leva o olho de lado a lado, enquanto algumas vezes uma estrada distancia-se de nós, uma “ligne de fuite” desaparecendo na distância, diminuindo em direção a seu próprio ponto de fuga.
Linhas, esferas, quadrados, céu, paisagem, terra, folhas de ouro, imagens digitais, a matéria desta instalação. Movendo-se entre os modos de ver e de materializar, entre abstrato e concreto, o artista realiza em nosso nome o ato de tradução cultural que é a base da nossa percepção comum do mundo. Tudo começa com um quadrado e leva a tantas direções quantas quisermos seguir; linhas de fuga que nos transportam para longe, que nos libertam.
Jane Bryce
Professora de Literatura e Cinema Africanos, University of the West Indies, Barbados
RANDOM THOUGHTS AROUND A SQUARE
It begins with a square laid on a map, four corners connected by four lines imposed on a pre-existing cartography like a frame. I think of the artist walking, sailing, of his relationship with maps. His need for orientation, for grids that create boundaries and define a space. For an artist, it could be the blank space of a canvas where something, we don’t know what, will appear.
Rio Grande do Sul: a large canvas. The artist, we’re told, “reside e trabalha em Porto Alegre e Londres”. A navigating artist, perpetually finding his way between an island and a continent, between languages, cities, cultures. Between different points of the compass, South and North, freighted with all the previous journeys along that trajectory. Once, mapping was a way of subjugating savage peoples. Now? Here? Remapping has become intercultural translation. I see the traveller as a nomad moving along the four lines of his square, his self-made horizon, searching for the corners which touch the extreme outer edges, the borders of Rio Grande do Sul. One even crosses water. The four corners of the earth, straight as the crow flies. Lines of flight, points of arrival.
But when he draws the square, he doesn’t know what he’ll find at the point of arrival. That’s because a line of flight is also an escape from knowledge and habit and accustomed ways of seeing. If you knew what you would find, it wouldn’t be flight. You draw a line and what you find at the end of it is what you faithfully reproduce, without editing or censorship or exercising choice. It’s a carefully plotted arbitrariness, with no origin or return, an unending line punctuated only by your own cartographic markers. So your panoramas are created out of specific moments which arise at hazard: whatever’s there is what you bring back to show. In place of the picturesque, you show the drama of the sky, of eighty skies, captured at each point where road and square intersect. You buy a spy camera on eBay and, attached to your glasses, it takes a picture of the road every kilometre. Man and machine, eye and lens – the artist as cyborg, programmed to respond at pre-set intervals. Landscape and sky rendered as they offer themselves at designated moments and knitted together into a single looped narrative.
The borders of the square don’t answer to any national or political boundaries, though these exist as a template to define the distance to be covered. Instead, they are spaces between places, liminal, where anything can happen. They deterritorialise the terrain, which the artist has to claim in other ways. By collecting the earth, handfuls of mud from each corner, stored and labelled and driven back to his studio in Porto Alegre. Mud as embodiment of place, the primal matter of creation. And along with the mud, the artist’s body moves through space, following the line, on the line. The hands that will coax new meanings out of old matter. A nomad body, constantly in motion, an embodiment of its own artistic process.
In the studio, mud becomes paint, becomes paintings. Four squares of mud-paint hang on the wall, punctuated by gold dots at carefully plotted intervals. Everything is both random and subject to computation. Isn’t that like the earth itself? Like evolution? Creation emerging out of formlessness, because beneath it all there’s a formula, a grand plan. An Intelligent Design? And in the studio too, four big balls of mud appear, each one a different colour. The artist’s archive contains many balls of mud, as well as a previous series, Earthly Spheres. Mud balls are a theme in the work, returning us always to the question of materials, materiality, to what it is an artist does when she or he creates art. The relationship between the making and the made object, the hand and the imagination, matter and spirit. These four spherical paintings look like the world seen from space, but undifferentiated, like four prototypes of a world-in-process. Then, before making any other mark, before continents and oceans, the Maker lays one square of gold leaf on each globe. Rio Grande do Sul. A point in the South becomes the single pole of a remade world.
Next to the four square paintings, the four spherical paintings and the looped road/sky montage, there’s the projection of four panoramic videos, one from each corner of the square. It looks like four vertical moving widows, each looking out on a different landscape. It’s mostly sky and about a quarter earth, and sometimes the horizon in one flows seamlessly into the next so your eye is carried forward in a continuous movement. The changing light, from broad day to twilight to dawn, creates the effect of movement in time. Time and space coalesce in a line of flight that dissolves the boundaries between them, placing us in an elsewhere. Is the landscape passing us by, or are we passing through it? Two horizons, two suns in adjacent skies. The horizontal line leads the eye across, while sometimes a road leads away from us, a “ligne de fuite” disappearing into the distance, dwindling into its own vanishing point.
Lines, spheres, squares, landscape, sky, earth, gold leaf, digital images, the stuff of this installation. Moving between modes of seeing and embodying, between abstract and concrete, the artist performs on our behalf the act of cultural translation which is the basis of our common perception of the world. It starts with a square and leads in as many directions as we care to follow, lines of flight that carry us away, that set us free.
Jane Bryce
Professor of African Literature and Cinema, University of the West Indies, Barbados
PAINTINGS
Horizontes Terrestres Paperback 2018 66 pp. 21 x 21 cm
p.o.d. book with hand embossing
edition 50
Nick Rands, b. 1955 Chester, UK.
Studied Fine Art at Reading University and Art Education at Bristol University/Bristol Polytechnic.
Taught art in UK and Botswana before working as art-gallery education officer. In 1992 he was Southern Arts-Brazil Exchange artist to Porto Alegre, Brazil. Moved to Brazil in 1998, and in 2016 moved to Caunes-Minervois, France.
SOLO EXHIBITIONS
2022
3000 e outras terras
Galeria Gestual, Porto Alegre RS Brazil
Line by Line Peintures / Dessins 1992 - 2022
La Table des Vignerons, Trausse, France
Rue Joseph Sicard, Caunes Minervois, France
Ausência
L’anciennne boulangerie, Caunes Minervois, France
Hillfield/Arborizada
Rue Joseph Sicard, Caunes Minervois, France
2021
Dix terres a la recheche d’un système perdu
Rue Joseph Sicard, Caunes Minervois, France
Greencat gallery, Caunes Minervois, France
2018
Lost Rivers Mosaic Paintings
8 Melior Street, London, UK
Horizontes Terrestres revisited
Galeria Gestual, Porto Alegre RS, Brazil
2017
Horizontes Terrestres
ESPM, Porto Alegre, Brazil
2016
Ausência
Galeria Gestual, Porto Alegre RS, Brazil
2015
Neckinger River Levels
Bermondsey Yard, London
2012
Um Quadrado no Rio Grande do Sul
Museu Júlio de Castilhos, Porto Alegre, Brazil
2011
Um Quadrado no Rio Grande do Sul
Museu de Arte de Santa Maria, Santa Maria, Brazil
A Gente
Museu do Trabalho, Porto Alegre RS, Brazil
2009
ChromaLife
Galeria Gestual, Porto Alegre RS, Brazil
2008
ChromaLife
The Brick House, Brick Lane, London
2007
Obras Fotográficas
Galeria Gestual, Porto Alegre RS, Brazil
2005
…and still counting…
Bermondsey Street Studio, London
Galeria Gestual, Porto Alegre RS, Brazil
2004
Painting by Numbers
Galeria Gestual, Porto Alegre RS, Brazil
2003
Where the sea meets the sky
Fotogaleria, Porto Alegre Brazil
2001
Mud Works
Espaço Cultural Sérgio Porto, Rio de Janeiro, RJ Brazil
Fundação Cultural de Criciuma, Criciuma SC Brazil
Pinturas
Fundação Cultural de Curitiba, PR Brazil
Casa de Cultura Mario Quintana, Porto Alegre RS. Brazil
Earthly Spheres
The Winchester Gallery, Winchester, UK
2000
Pinturas
Pinacoteca da Feevale, Novo Hamburgo, RS, Brazil
Eye Levels
Galeria Iberê Camargo, Usina do Gasômetro, Porto Alegre,
1999
Esferas Terrestres
Torreão, Porto Alegre, Brazil
1998
Earthly spheres
Warehouse, Norwich, UK
Watching the waves/Sowing the seed
Windsor Arts Centre Windsor, UK
1996
Grizedale Forest Painting residency
Gallery in The Forest, Grizedale, UK
Line by Line
Evreham Iver, Bucks, UK
1995
Line by Line
Isambard Brunel School. Portsmouth, UK
1994
Line by Line
The Peveril Centre. Eastleigh, UK
Atrium Gallery. Bournemouth University UK
Windrush Leisure Centre, Witney Oxon, UK
Bridgemary Community School, Gosport, UK
South Hill Park Arts Centre. Bracknell, UK
1992
Staying in Line
Bedales Gallery, Petersfield, UK
Upstairs Gallery, Upton Park. Dorset, UK
Instituto de Artes UFRGS Porto Alegre, R.S. Brazil
1982
Photographic Pieces/Timed Activities
Axiom Centre, Cheltenham, UK
GROUP SHOWS
2022
Haverá consequências
Fundação Vera Chaves Barcellos, Viamão-RS Brazil
Digital graffiti 2022
Alys Beach, Florida USA
2020
du neuf à Caunes
Caveaux de l’abbaye, Caunes Minervois, France
2019
Ailleurs
La Tuilerie Saint Joseph, La Livinière, France
2017
Paintings from somewhere else
Youngblood, Cape Town, South Africa
2016
Digital Graffiti 2016
Alys Beach, Florida USA
2015
Ocupando Lucas 21
Galeria Gestual, Porto Alegre RS Brazil
2013
Magmart | international videoart festival
Casoria Contemporary Art Museum, Naples, Italy
Digital Graffiti 2013
Alys Beach, Florida USA
7 Billionth Citizen
Townhouse Gallery, Cairo, Egypt
Solent Showcase Gallery, Southampton, UK
Anglia Ruskin University, Cambridge, UK
Mamute Galeria, Porto Alegre, Brazil
2012
Des | Estruturas
Fundação Vera Chaves Barcellos, Viamão, Brazil
2011
8th Mercosul Biennial
Porto Alegre/RS Brazil
2010
Digital Graffiti
Alys Beach, Florida USA
DIGIT 2010
Narrowsburg, New York, USA
Silêncios e Sussuros
Fundação Vera Chaves Barcellos, Viamão, Brazil
2006
Um olhar fotográfico
Fundação Vera Chaves Barcellos, Porto Alegre, Brazil
2004
Heterodoxia
MASC Florianópolis – SC Brazil
1+1+1
Museu da Gravura, Bagé, RS Brazil
2003
1+1+1
Galeria Gestual, Porto Alegre RS Brazil
Um território da fotografia
Galeria dos Arcos, Usina do Gasômetro, Porto Alegre,
III Salão National de Arte de Goiás
Goiania, GO Brazil
24º Salão de Arte de Riberão Preto
Riberão Preto, SP Brazil
2002
III Salão de Porto Alegre
Usina do Gasômetro Porto Alegre RS Brazil
II Salão National de Arte de Goiás
Goiania, GO Brazil
II Salão de Arte
UNI-BH, Belo Horizonte, MG Brazil
Forest
The Southern Arts Touring Exhibition Service, UK
2000
Bah-zart
Obra Aberta Porto Alegre RS Brazil
II Salão de Porto Alegre
Usina do Gasômetro, Porto Alegre
1999
Chart
Angel Row Gallery, Nottingham, UK.
Coletiva
Obra Aberta, Galeria Chaves, Porto Alegre
1998
Sticks
The Southern Arts Touring Exhibition Service, UK.
1997
The Space of the Page
Henry Moore Institute, Leeds, UK.
1996-7
Repetition
Corn Exchange Newbury, UK
Winchester Gallery, UK
The Gantry, Southampton UK
Milton Keynes Crafts Guild UK
Artsway, UK
Nuova Icona, Venice, Italy
Cacco Zanchi, Aalst, Belgium
1995
Words
Aspex Gallery Portsmouth, UK
Artspace
Square Tower Portsmouth, UK
1994
Art Kites
Milton Keynes Kite Festival. Milton Keynes, UK
1993
On Paper
Contact Gallery, Norwich, UK
Repetere
Solar dos Camara, Porto Alegre RS Brazil
1992
East End Open Studios
Deborah House, Hackney, London, UK
1990
Artists in Botswana
National Gallery of Botswana. Gaborone, Botswana
1984
R.W.A. Annual Exhibition,
Royal West of England Academy, Bristol, UK
1982
Group Photography 2
Axiom Centre, Cheltenham, UK
1978
Wessex Artists
Southampton City Art Gallery, UK
PHOTO: EDUARDO AIGNER
Nick Rands, b. 1955 Chester, UK.
Studied Fine Art at Reading University and Art Education at Bristol University/Bristol Polytechnic.
Taught art in UK and Botswana before working as art-gallery education officer. In 1992 he was Southern Arts-Brazil Exchange artist to Porto Alegre, Brazil. Moved to Brazil in 1998, and in 2016 moved to Caunes-Minervois, France.
SOLO EXHIBITIONS
2022
3000 e outras terras
Galeria Gestual, Porto Alegre RS Brazil
Line by Line Peintures / Dessins 1992 - 2022
La Table des Vignerons, Trausse, France
Rue Joseph Sicard, Caunes Minervois, France
Ausência
L’anciennne boulangerie, Caunes Minervois, France
Hillfield/Arborizada
Rue Joseph Sicard, Caunes Minervois, France
2021
Dix terres a la recheche d’un système perdu
Rue Joseph Sicard, Caunes Minervois, France
Greencat gallery, Caunes Minervois, France
2018
Lost Rivers Mosaic Paintings
8 Melior Street, London, UK
Horizontes Terrestres revisited
Galeria Gestual, Porto Alegre RS, Brazil
2017
Horizontes Terrestres
ESPM, Porto Alegre, Brazil
2016
Ausência
Galeria Gestual, Porto Alegre RS, Brazil
2015
Neckinger River Levels
Bermondsey Yard, London
2012
Um Quadrado no Rio Grande do Sul
Museu Júlio de Castilhos, Porto Alegre, Brazil
2011
Um Quadrado no Rio Grande do Sul
Museu de Arte de Santa Maria, Santa Maria, Brazil
A Gente
Museu do Trabalho, Porto Alegre RS, Brazil
2009
ChromaLife
Galeria Gestual, Porto Alegre RS, Brazil
2008
ChromaLife
The Brick House, Brick Lane, London
2007
Obras Fotográficas
Galeria Gestual, Porto Alegre RS, Brazil
2005
…and still counting…
Bermondsey Street Studio, London
Galeria Gestual, Porto Alegre RS, Brazil
2004
Painting by Numbers
Galeria Gestual, Porto Alegre RS, Brazil
2003
Where the sea meets the sky
Fotogaleria, Porto Alegre Brazil
2001
Mud Works
Espaço Cultural Sérgio Porto, Rio de Janeiro, RJ Brazil
Fundação Cultural de Criciuma, Criciuma SC Brazil
Pinturas
Fundação Cultural de Curitiba, PR Brazil
Casa de Cultura Mario Quintana, Porto Alegre RS. Brazil
Earthly Spheres
The Winchester Gallery, Winchester, UK
2000
Pinturas
Pinacoteca da Feevale, Novo Hamburgo, RS, Brazil
Eye Levels
Galeria Iberê Camargo, Usina do Gasômetro, Porto Alegre,
1999
Esferas Terrestres
Torreão, Porto Alegre, Brazil
1998
Earthly spheres
Warehouse, Norwich, UK
Watching the waves/Sowing the seed
Windsor Arts Centre Windsor, UK
1996
Grizedale Forest Painting residency
Gallery in The Forest, Grizedale, UK
Line by Line
Evreham Iver, Bucks, UK
1995
Line by Line
Isambard Brunel School. Portsmouth, UK
1994
Line by Line
The Peveril Centre. Eastleigh, UK
Atrium Gallery. Bournemouth University UK
Windrush Leisure Centre, Witney Oxon, UK
Bridgemary Community School, Gosport, UK
South Hill Park Arts Centre. Bracknell, UK
1992
Staying in Line
Bedales Gallery, Petersfield, UK
Upstairs Gallery, Upton Park. Dorset, UK
Instituto de Artes UFRGS Porto Alegre, R.S. Brazil
1982
Photographic Pieces/Timed Activities
Axiom Centre, Cheltenham, UK
GROUP SHOWS
2022
Haverá consequências
Fundação Vera Chaves Barcellos, Viamão-RS Brazil
Digital graffiti 2022
Alys Beach, Florida USA
2020
du neuf à Caunes
Caveaux de l’abbaye, Caunes Minervois, France
2019
Ailleurs
La Tuilerie Saint Joseph, La Livinière, France
2017
Paintings from somewhere else
Youngblood, Cape Town, South Africa
2016
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Alys Beach, Florida USA
2015
Ocupando Lucas 21
Galeria Gestual, Porto Alegre RS Brazil
2013
Magmart | international videoart festival
Casoria Contemporary Art Museum, Naples, Italy
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Alys Beach, Florida USA
7 Billionth Citizen
Townhouse Gallery, Cairo, Egypt
Solent Showcase Gallery, Southampton, UK
Anglia Ruskin University, Cambridge, UK
Mamute Galeria, Porto Alegre, Brazil
2012
Des | Estruturas
Fundação Vera Chaves Barcellos, Viamão, Brazil
2011
8th Mercosul Biennial
Porto Alegre/RS Brazil
2010
Digital Graffiti
Alys Beach, Florida USA
DIGIT 2010
Narrowsburg, New York, USA
Silêncios e Sussuros
Fundação Vera Chaves Barcellos, Viamão, Brazil
2006
Um olhar fotográfico
Fundação Vera Chaves Barcellos, Porto Alegre, Brazil
2004
Heterodoxia
MASC Florianópolis – SC Brazil
1+1+1
Museu da Gravura, Bagé, RS Brazil
2003
1+1+1
Galeria Gestual, Porto Alegre RS Brazil
Um território da fotografia
Galeria dos Arcos, Usina do Gasômetro, Porto Alegre,
III Salão National de Arte de Goiás
Goiania, GO Brazil
24º Salão de Arte de Riberão Preto
Riberão Preto, SP Brazil
2002
III Salão de Porto Alegre
Usina do Gasômetro Porto Alegre RS Brazil
II Salão National de Arte de Goiás
Goiania, GO Brazil
II Salão de Arte
UNI-BH, Belo Horizonte, MG Brazil
Forest
The Southern Arts Touring Exhibition Service, UK
2000
Bah-zart
Obra Aberta Porto Alegre RS Brazil
II Salão de Porto Alegre
Usina do Gasômetro, Porto Alegre
1999
Chart
Angel Row Gallery, Nottingham, UK.
Coletiva
Obra Aberta, Galeria Chaves, Porto Alegre
1998
Sticks
The Southern Arts Touring Exhibition Service, UK.
1997
The Space of the Page
Henry Moore Institute, Leeds, UK.
1996-7
Repetition
Corn Exchange Newbury, UK
Winchester Gallery, UK
The Gantry, Southampton UK
Milton Keynes Crafts Guild UK
Artsway, UK
Nuova Icona, Venice, Italy
Cacco Zanchi, Aalst, Belgium
1995
Words
Aspex Gallery Portsmouth, UK
Artspace
Square Tower Portsmouth, UK
1994
Art Kites
Milton Keynes Kite Festival. Milton Keynes, UK
1993
On Paper
Contact Gallery, Norwich, UK
Repetere
Solar dos Camara, Porto Alegre RS Brazil
1992
East End Open Studios
Deborah House, Hackney, London, UK
1990
Artists in Botswana
National Gallery of Botswana. Gaborone, Botswana
1984
R.W.A. Annual Exhibition,
Royal West of England Academy, Bristol, UK
1982
Group Photography 2
Axiom Centre, Cheltenham, UK
1978
Wessex Artists
Southampton City Art Gallery, UK
PHOTO: EDUARDO AIGNER